Postura Avestruz e a Pobreza Menstrual

Qualquer pessoa com mais de 10 anos, ou inteligência mediana, sabe que as Mulheres menstruam, Rita Lee já cantou: “Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra.”

Menstruação é um fenômeno fisiológico feminino e que a maioria dos homens nega e se assemelha à avestruz.

Enfia a cabeça no buraco, faz de conta que não sabe, não viu, dá de ombros, desngonçada, dissimula e não resolve.

Sei lá! Diante da temática e do veto presidencial à distribuição gratuita de absorventes higiênicos para meninas e mulheres pobres, em situação de rua e presas. Percebo a Avestruz em cena!

Segundo a Agência Senado: a proposta (PL 4.968/2019), da deputada Marília Arraes (PT-PE), foi aprovada pelo Senado em 14 de setembro, sob a relatoria da senadora Zenaide Maia (Pros-RN).

A intenção era combater a precariedade menstrual, que significa a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período da menstruação feminina.

Um problema que atinge milhões de mulheres no mundo, a pobreza menstrual foi agravada pela pandemia Covid-19.

É indigno, doloroso, lamentável saber que a cada QUATRO [4] adolescentes, exista UMA [1] que não frequenta as aulas no período menstrual, porque não possui absorvente, que é um produto de higiene íntima básico, para a preservação da dignidade da mulher.

Sim, minha mãe usou panos, pequenos retangulos de toalhas felpudas para coletar o fluxo menstrual, porque não tinha opção.

Eu, fui privilegiada e desde a minha menarca (1ª menstruação), nos anos 70 usei o Modess, o primeiro absorvente higiênico descartável no Brasil.

Hoje, existem diversos tipos descartáveis e reutilizáveis de pano [ecologicamente corretos], inclusive copo coletor.

No meio de todo lodo negligente ao feminino, sempre existe uma Flor de Lótus cujas raízes profundas, permitem o florescimento.

Na raça humana também existem homens com “H” de Humanidade, que levantam a cabeça e – com inteligência e respeito – enxergam longe e resolvem.

Cito Arunachalam Muruganantham, ele inventou uma máquina que produz absorventes higiênicos baratos, favorecendo diversas mulheres indianas da zona rural.

Quando ele tomou consciência do sofrimento feminino, que limita a vida feminina, diante da precariedade financeira para o acesso aos absorventes. Ele começou a estudar maneiras de ajudar.

Enfrentou o preconceito dentro de casa, pois sua esposa, uma Mulher o abandonou, sua Mãe mudou-se para longe, enojada com a atitude dele, crenças e desinformação alicerçam essas atitudes.

Chegou ao ponto dos seus vizinhos e moradores do seu povoado o obrigarem a escolher entre: ser exilado ou ser amarrado pelos pés numa árvore sagrada, para se purificar.

Ele perseverou e cumpriu com seu propósito de Dignificar as Mulheres.

Clique aqui e assista à palestra dele.

Você pode também assistir no NetFlix ao filme: Pad Man – Homem Absorvente.

Mulher-Maria, não é exagero! Quem faz trabalhos voluntários em comunidades, ou com mulheres em situação de rua sabe o que vou falar agora.

Em pleno século XXI, no Brasil, das grandes cidades aos vilarejos mais distantes, existem Mulheres-Marias, usando jornais, papelão, copo descartável, folhas, ou qualquer tipo de papel é usado para conter o fluxo.

Aqui, na cidade de São Paulo, muitas mulheres em situação de rua, não dispõe de calcinha!

Triste realidade que evolui para diversas doenças e – até – esterilidade.

Triste? Não só. Indigno? Não só. Desrespeitoso? Não só.
É a representação descaso político.
A avestruz novamente.

É o espelho da sociedade consumista, que consome a Mulher, sem lhe conferir o real valor.

Abra os olhos, Mulher, CONSCIENTIZE-SE!

Acompanhe o desfecho dessa proposta.

Observe que quem veta, e quem dificulta a aprovação de propostas como essas.

Talvez, se esqueceram de foram gerados em corpos de Mulheres; muitos nasceram de parto normal; alguns são casados com Mulheres; outros, possuem filhas-Mulheres.

A pergunta que não quer calar:
“Será que – de fato – gostam de MULHERES?”

Não há verba.
O projeto do Empreendedor, Homem com “H” de Humanidade está disponível para países pobres.
O BRASIL possui uma população pobre, miserável ao extremo.

Existe dinheiro para tantas falcatruas nos governos municipais, estaduais e federais. Basta assistir aos diversos telejornais!

Existe verba para comitivas desnecessárias em viagens internacionais e vergonhosas, para comer pizza na rua e envergonhar os brasileiros dignos, inteligentes, honestos, comprometidos com a melhoria do país. Basta buscar as imagens nas Redes Sociais!

Agora, para minimizar a pobreza, ou melhor: MISÉRIA MENSTRUAL, tem-se de tirar dinheiro da educação, daqui, dali. Tá Ok!

Não.
Não está nada ok.

Mulher-Maria, somos muitas brasileiras, eleitoras, inteligentes, atentas e perspicazes.

Vamos anotar no nosso caderninho os nomes e legendas de TODOS os políticos “com ou sem partidos”, porque nas próximas eleições, eles merecem nosso: “Não, tá ok!?”

Por hora, estejamos atentas, para conscientizarmos todas as pessoas, que este seja o ASSUNTO das nossas conversas nas Redes Sociais, no cabeleireiro, nas reuniões familiares.

SO-RO-RI-DA-DE é a palavra que devemos transformar em AÇÃO.

Você – sempre – pode ajudar com doações: na sua rua, na sua comunidade, no seu bairro.

Você SEMPRE PODE COLABORAR conscientizando e agindo.

Para finalizar, deixo aqui meu RESPEITO à Avestruz, porque usei-a como metáfora para a postura de humanos, indignos de serem comparados à uma Ave inteligente o que lhe garante longevidade.

Vamos Mariar! 💫

Abraço Fraterno da Mel. 🌻

Mel Moura Moreno

Abraço Acolhedor de Maria para Maria. 💞

Mel Moura Moreno
Responsável pelo Projeto Mariar
Analista Comportamental, Psicóloga, Neurocientista, Hipnoterapeuta, Master Coach, Mentora de Mulher, Consultora de Liderança.

email: cocriar@projetomariar.com /WTS: https://wa.me/message/TEWGWF735ZCGJ1

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