Quando o assunto é Relacionamento
– Negociar as Divergências é imprescindível
sugere para esta semana o filme Prova de Fogo.
Muitas vezes, no cotidiano a dois, com o intuito de que “dure para sempre”, as pessoas começam a se distanciar de si mesmas e isso cria ruídos e distanciamento entre as partes.
Todas nós passamos pela dificuldade de acreditar que nossas ações são SEMPRE corretas e O MELHOR para nós e para o outro.
Só que, nem sempre o nosso MELHOR, ‘está sendo mostrado da maneira correta, ou adequada para nosso companheiro.
Diante da rotina, a busca pela estabilidade financeira, a corrida pelo sucesso profissional – muitas vezes – fazem com que o relacionamento seja colocado num contexto decorativo – um aquário.
Ele existe, está lá, você olha toda hora, mas não percebe que ele necessita de cuidados básicos: limpar a água e o vidro, alimentar os peixes, regular o PH.
Fica claro que você tem de se dedicar diariamente ao seu relacionamento?
Nem sempre.
- Começam os silêncios intermináveis,
- as discussões longas por questões cotidianas,
- gelam os carinhos e
- as duas histórias que caminhavam paralelas, começam a encontrar rotatórias.
O que – a princípio – era apenas um espaço definidor de território, tornam-se canteiros e, sem perceber, a sua pista torna-se única e vê que surgiram novas faixas marginais.
O que essas duas métaforas estão nos dizendo:
- Que o relacionamento necessita de atenção full-time, baseadas no diálogo constante sobre todos os temas que envolvem as duas pessoas e o casal;
- os carinhos; as gentilezas; os planos para o futuro; o lazer a dois, familiar e com amigos.
Desse modo seu relacionamento fica blindado de influências externas (talvez até familiares, amigos, estranhos que possam servir de pedras para o bem-estar e harmonia do casal).
Meus pais foram casados por 49 anos e 11 meses, pude contemplar discussões.
Minha mãe falava alto; meu pai ouvia calado, quando ela terminava, ele falava baixo, pouco e fim.
Ela abaixava o tom, a conversa ia longe.
Pouco tempo depois, estavam lá de papinho e brincadeiras.
Quando a eternidade o levou, ela adoeceu, emudeceu, já não falava mais alto, perdeu o brilho.
Viveu ainda mais de 10 anos, porque seu propósito passou a ser cuidar de mim.
E, sempre que via eu e meu marido em discussão, falava:
“A vida com meu véio, me ensinou que tudo tem jeito.
Conversem, exponham todas as ideias, cheguem a um denominador comum.
Somente aí, vão fazer as suas coisas e dormir!
Eu já estou indo para o meu lugar.”
Se afastava, ia para o seu quarto e lá ficava até que um de nós a procurasse.
Quanta sabedoria de vida!
Minha mãe estava SUPER adequada em seu posicionamento.
O tempo pode ferver num casal, o volume pode ser alterado, as palavras podem subir e descer de nível, mas o alicerce do casal devem manter-se inalterado, porque apenas a VERDADE do AMOR garante a estabilidade da união.
Lembre-se Mulher-Maria:
Quando ele ferver, mantenha a calma e seja a água fria.
Quando você começar a ferver: Pare. Faça uma Pausa. Respire. Beba água. Retome seu equilíbrio.
Aprendi com meus pais. Aprendi com a vivência de 28 anos de relacionamento.
As ciências do comportamento e da saúde mental ensinam que apenas 3 atitudes cotidianas podem salvar seu relacionamento.
Atitude 1: Diálogo constante.
- Expor as dúvidas, as inquietações, os receios diários, viabilizando que o outro possa ouvir e enxergar de fora as suas questões, desse modo pode sugerir análises e posturas oportunas.
- Sobre a vida pessoal: expectativas, planos e metas, receios.
- Sobre a vida a dois: planos, sonhos, os desejos, as dúvidas.
Atitude 2: Autenticidade.
- Ser você mesmo sempre, expondo a sua verdade, flexibilizando-se para evoluir.
- Respeitar o seu espaço e o espaço do outro, para que ambos possam dialogar e compartilhar as verdades individuais.
Atitude 3: Criatividade.
- Seja livre ao lado da pessoa escolhida.
- Sejalivre, longe da pessoa escolhida.
- Surpreenda-se e surpreenda o outro e com o outro.
Por vezes, diante das dificuldades, o casal esgota as tentativas para construção de um relacionamento seguro e harmonioso, mas continua repetindo as mesmas reações equivocadas, movidas pelo revanchismo, pela arrogância…
Isso acontece tanto no nível mental quanto emocional, esgarçando o relacionamento, podendo levá-la ao total rompimento do vínculo respeitoso, fraterno, amigo que alicerçou o seu relacionamento.
Existem muitas alternativas, para o resgate de todo relacionamento, desde que ambas partes estejam – ainda – olhando para a mesma direção.
Negociar as divergências significa que alguém no casal, precisa começar a mudança interna para que essa mudança se expanda e transforme tudo ao seu redor, inclusive a outra parte do casal.
Este filme diz muito sobre isso. Clique e assista ao Trailler.
Talvez você conheça alguém, ou um casal que precise conhecer estas dicas.
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Vamos Mariar, porque a vida vale a pena! 🦋
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