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Deixe ir para o NOVO acontecer!

Quantos lutos você está vivendo hoje?

Sim, é sobre isso mesmo.

Luto é o processo de tristeza, diante de perdas.
Talvez você conheça a sensação de que algo a está impedindo de viver o novo.

Pode ser que você sinta medo de: “não dar conta do novo.”

 

No fundo, você sabe que é hora de seguir, de ir em frente, mas  há algo prendendo.

Existe algo segurando você pelo pé? Não.
O que a está prendendo, segurando, amordaçando é o MEDO de SEGUIR sozinha.

O Dilema de cada dia!

De um lado, você está pronta para VOAR, porque sabe que é o melhor.
Por outro lado, – apesar – de saber que há muito mais esperando por você, não consegue soltar o que precisa ir.

Quantos questionamentos….

“Aceito esta nova oportunidade de emprego fora do país?”

“Saio do corporativo e vou empreender em algo que me dá prazer?”

“Coloco um ponto final neste relacionamento que me prende e mata um pouco a cada dia?”

“Digo: SIM, para meus sonhos e desafio as crenças da minha família?”

“Mudo para uma casa menor, porque meus filhos foram estudar longe e preciso de novas atividades?”

“Vou com meus medos fazer uma nova faculdade?”

“Esvazio o guarda-roupas superlotado de passado, reciclo as fotografias, abro espaço para um novo relacionamento?”

“Farei a ‘aquela’ viagem que eu sempre sonhei?”

Esses questionamentos e decisões são delicados, porque envolvem a ATITUDE de deixar para lá, deixar para trás, o que não está agregando valor, trazendo alegria e prazer para sua história.

Pode-se dizer: a sua penitenciária particular, aquela que aprisiona por fora (sistemas sociais) e assassina por dentro (perda da identidade feminina, única e intransferível).

Isso é acontece com todas nós, Mulheres-Marias.

É normal, sentir medo.
Sair da zona de conforto, aquele conforto conhecido, mesmo que sofrido, exige coragem.

Isso acontece com todas as pessoas que decidem fazer DIFERENTE, assumir o comando da sua vida.

Perder algo costumeiro,
não significa perder o equilíbrio.

Significa exercitar a flexibilidade, para construir novos pensamentos, novos sentimentos, novos hábitos, novos comportamentos, novos capítulos na sua história.

Você PODE deixar IR, para o NOVO acontecer.

Você merece VIVER com PRAZER.
Colocar o seu Ego material à serviço da sua Alma.

Mulher-Maria, se você está neste momento pensando: “Acho que meu momento já passou.”

Quero lhe dizer algo MEGA importante: “Na vida não existem atrasos, ou precipitados.

Tudo acontece no tempo certo.”

Como fazer omeletes – sem quebrar os ovos?

Impossível. Toda mudança envolve largar algo antigo, para pegar algo novo.

Você sempre tem O SUFICIENTE.

Isso pode torná-la abundante, quando está em paz consigo mesma, vivendo a sua felicidade essencial.

Medo de não poder voltar. Voltar para onde?

A cada dia que vivemos o nosso futuro se transforma em presente.
E esse, gera novos passados.
Não existe a mínima possibilidade de “voltar atrás.”

Podemos sim, revisitar nosso passado, através da hipnose, com o objetivo de dar novo significado acontecimentos e curar traumas emocionais.

É, Mulher-Maria… Sinto lhe dizer que não há volta na vida.

Estamos sempre indo em frente.
Seguimos caminhos, podemos chegar a nos encontrar pessoas e situações conhecidas.
Isso não significa retorno, mas sim novos ENCONTROS, que acenam para novas oportunidades de viver novos momentos, porque todos estão diferentes.

Vocês viveram coisas diferentes, enquanto estiveram distantes.
Nesse encontro são pessoas novas, novo encontro, novo momento, novo espaço.

Esse medo que habita em nós, é conhecido. Só que ele não nos representa.

Ele finge nos proteger. Fique atenta, por isso é mentira!

O medo conhecido, que não nos representa, rouba-nos as possibilidades de: OUSAR. VENCER BARREIRAS. IR ALÉM.

Sabe por quê?

Porque, essa realidade limitante, esse medo é SOMBRA. Portanto, é a oposição da LUZ.
Tudo o que se opõe à LUZ: não viabiliza enxergar longe, ter visão ampla, perceber os detalhes.

Nós somos um recipiente da Grande Luz Divina.

Temos as habilidades e competências para realizar inúmeras proezas, desconhecemos nossos limites de inteligência, de prosperidade, de sucesso, de liderança.

Isso acontece, porque a maioria de nós ainda corre na esteira, pensando que está a poucos metros da linha de chegada. Vive na Ilusão!

Mulher-Maria, você pode – Deixar IR esse medo, essa escuridão.
Você merece corrigir o que precisa ser corrigido e andar, e correr, e voar, segundo suas escolhas – até o horizonte que você escolher.

Medo bom é o medo que nos garante a sobrevivência, enquanto a Coragem e a Determinação são as asas que nos levam das alturas ao chão e de novo aos céus, em segurança.

Como diz o livro de Richard Bach, Longe é um lugar que não existe:

“Podem os kilômetros separar-nos – verdadeiramente – dos amigos?
Se você quer estar com quem ama, já não está lá?”

Nada, nem ninguém tem o poder de nos separar da Felicidade, da Prosperidade, das Bênçãos Celestiais; exceto nós mesmas.

Se você quer um novo emprego, montar um negócio, construir um relacionamento afetivo, uma família… decida e faça acontecer, porque já está na história.

Diga para si mesma:

Eu mereço: todo o desejo de aventura.
Eu mereço: toda a alegria da vida.
Eu mereço: unir emoção e razão.
Eu mereço: escolher as melhores possibilidades.
Eu mereço: Me amar, para amar e ser amada.
Eu mereço e posso: respeitar todo ser vivente.

Escute seus medos e não reaja.
Leve a sério esses medos, entendendo onde são medos reais.
Escute seus medos e dê-lhes respostas proativas.

Confie no seu propósito de vida.
Confie em sua capacidade de ser próspera.

 

Mulher-Maria, confie e acredite em você mesma, para que possa confiar e acreditar nas  pessoas maravilhosas que estão percorrendo esse caminho com você.

Coloque a SUA confiança ÚNICA E PODEROSA no mundo e ajude a todos, a outras mulheres, permita-se levar o seu amor ao mundo.

Espalhe o amor.
Permita que o medo seja aliado na sua JORNADA EVOLUTIVA, mas diga a ele que você está no comando. 😘

Faça sua vida valer a pena agora e sempre.
Vamos Mariar! 💫

Abraço de Maria ao seu Coração de Maria.💞

Resgate sua Identidade.
Aprenda a Sair da Zona de Conforto e Deixar ir!
Mentoria do AutoConhecimento: Preencha o formulário de Aplicação

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ligia

As Meninas de Lygia Fagundes Telles

“Ser ou estar.

Não, não é ser ou não ser, essa já existe, não confundir com a minha que acabei de inventar agora. Originalíssima.

Se eu sou, não estou, porque para que eu seja é preciso que eu não esteja.

Mas não esteja onde?

Muito boa a pergunta, não esteja onde.

Fora de mim, é lógico.

Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que não esteja em outro lugar senão em mim.

Não me desintegro na natureza, porque ela me toma e me devolve na íntegra: não há competição mas identificação dos elementos.

Apenas isso.

Na cidade me desintegro, porque na cidade eu não sou, eu estou: estou competindo e como dentro das regras do jogo (milhares de regras) preciso competir bem, tenho consequentemente de estar bem para competir o melhor possível.

Para competir o melhor possível acabo sacrificando o ser (próprio ou alheio, o que vem a dar no mesmo).

Ora, se sacrifico o ser para apenas estar, acabo me desintegrando (essencial e essência) até a pulverização total.” (TELLES, 1979, p. 182s).

Estava no 2º grau, hoje conhecido como ensino médio. Participei de um Concurso de Poesias e meu Mestre, Prof. Manuel Cardoso, o professor de língua portuguesa que me despertou para o estudo da poética, da lingüística, da semiótica. Tanto que fiz Letras na PUC, inspirada nele.
Um homem nordestino, baixinho, sempre elegante e perfumado, com um sorriso sempre pronto a elogiar e motivar seus alunos e a seriedade fraterna para nos corrigir, orientar para que pudéssemos acertar.

Bons tempos com lembranças doces!

Eu ganhei o concurso de poesias e ele me presenteou com este livro: As Meninas cujo trecho expus acima.

Um romance de Lygia Fagundes Telles, escrito em 1973 e premiado com o Prêmio Jabuti, em 1974.

Ele me disse:

“Melcina, querida bambina, leia este livro com atenção e
guarde-o sempre perto de você,
porque você – um dia – vai entender em profundidade o que nossa escritora fala sem dizer.

Eu fiz e faço isso. E, de tempos em tempos, é o livro revisito em leituras e aprendo novas lições.

Essa obra é ousada, o 3º romance de Lygia, escrito em plena ditadura militar no Brasil:

  • Discute e relata explicitamente a barbaridade dos porões da ditadura enquanto esta ainda estava em vigor no país;
  • Reproduz corajosamente, e pela primeira vez na ficção do Brasil, um depoimento de tortura de um preso político.

Por espanto, esse livro escapou da CENSURA, porque como a própria autora diz no documentário: “Lygia uma escritora brasileira” – produzido em 2017 pela TV Cultura. Clique para assistir.

São pouco mais de 300 páginas, de acompanhamento da jornada de 3 Mulheres-Marias, universitárias… A narrativa acontece em 1969, as três vivem no Pensionato Nossa Senhora de Fátima e dividem o mesmo quarto, cenário perfeito para terem seus destinos cruzados e tornarem-se melhores amigas e confidentes.

Como é um pensionato de universitárias… há o espectro do terror da ditadura militar brasileira rondando o local e sempre à espreita.

Daí à infiltração de maneira irreversível e direta nesse espaço e na vida de suas habitantes é uma questão de tempo.

Mas, quem são essAs Meninas?

  1. Lorena Vaz Leme: estudante de Direito.
    Comportamento guiado – sobretudo – pelo ideal romântico de feminilidade;
  1. Lia de Melo Schultz: estudante de Ciências Sociais.
    Subversiva militante de esquerda;
  1. Ana Clara Conceição: estudante de psicologia.
    Absolutamente linda. Vive assombrada pelo traumas de abusos sexuais do passado e pelo presente dominado pelo uso de drogas.

É uma narrativa fluida, alternando as vozes das protagonistas, bem do jeito nosso de mulher conversar!

Do nosso feminino de descrever de modo íntimo os contratempos rotineiros e inesperados na vida das jovens, que vão de Meninas a Mulheres.

Questionando os tradicionais estereótipos que recaem sobre o sexo feminino. Somos levadas para dentro, aprofundando na complexidade e nas contradições naturais dessas personagens, dessas meninas, Mulheres-Marias, como se elas fossem pessoas reais, com vícios e virtudes.

Querida leitora, eu sempre me pergunto:

Será que não são reais?
Será que não vive em cada uma de nós, um pouco delas?

Essa é a grande dificuldade de acompanhá-las intimamente, assim como nos despedir de suas histórias.

O final deste buildungsroman  é emblemático, na medida em que demonstra que as protagonistas deixaram de ser meninas para tornarem-se Mulheres com algo a mais.
Exceto exemplares, porque une em um só quadro luzes e sombras que selam sua formação.

Faço referência ao quadro homônimo de Diego Velázquez intitulado As Meninas. Clique e saiba mais. 

Acontece que tanto as Meninas Velázquianas como as Meninas Lygianas apresentam a complexidade entre realidade e ilusão.

Sincronicidade que se faz presente, porque este  livro é minha indicação de leitura para este mês de Abril. Busque-o em bibliotecas, Sebos, ou clique para comprar novinho!

Um livro escrito por mulher que fala sobre mulheres: seus conflitos, sonhos e identidade feminina que o tempo não acaba.

Pois bem, ontem, aos 98 anos, a Imortal Lygia Fagundes Telles tornou-se encantada. Adentrou o Reino do Encantamento e permanecerá VIVA em suas obras.

Recebi esta notícia com a certeza de que ela, Lygia, Mulher-Maria, cumpriu com sua missão no planeta Terra. Deixa seu LEGADO de reflexões, questionamentos e sensibilidade para todos os seus leitores.

 

Você já leu As Meninas?

Se sim, comente o que mais fez sentido para você.

Se não leu, fica a dica: leia.

 

Faça a sua vida valer a pena, doce Menina-Mulher-Maria.

Vamos Mariar. 💫

Um abraço fraterno de Maria para Maria.🌻

 

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