Inseminação artificial

Inseminação Artificial e a Constelação Familiar

Estamos nos tempos da Realidade Virtual!
Palavras como Metaverso, Inteligência Artificial, Inseminação Artificial fazem parte do vocabulário e das conversas nas Redes Sociais.

Família é um termo que está sendo cada vez menos utilizado.
De um lado, porque temos novas possibilidades de relacionamentos e novas ideias de família.
Por outro lado, o conceito de sistema familiar é imutável: precisamos de um homem e uma mulher para formar uma pessoa.

Desse material genético herdamos, além de características físicas, memórias, traumas e padrões emocionais. Podemos ser inseridos nos mais variados tipos de conexões familiares, porém essa verdade é imutável.

A ciência evoluiu e a Inseminação Artificial é uma realidade, cada vez mais acessível, para pessoas com dificuldades em engravidar.

Estou trabalhando com um casal com esse perfil: casados há alguns anos, ainda não possuem filhos. Por esse motivo, buscaram a Medicina Reprodutiva para facilitar o processo.

Tudo bem até aqui!

Acontece que eles me perguntaram:

– Mel, existe a inseminação artificial representa algum problema para o nosso Sistema Familiar?

Baseando-me em Bert Hellinger e em seu livro A Simetria Oculta do Amor, respondi:

– Não existe nenhum problema se o sêmen for seu, referindo-me ao marido. Porque a gravidez dela será de um filho seu. Tudo bem!

Aí veio a pérola!
– Mel, queremos recorrer ao banco de sêmen. Existe algum problema?

Fiquei calada, reflexiva por alguns instantes, pois eu queria entender os porquês dessa escolha.
Como a pergunta estava referindo-se à questão da Constelação Familiar, expus as ideias de Bert:

– Meus queridos: é preciso que vocês entendam alguns pontos e respondam entre si algumas perguntas cujas respostas já começarão a montar o mapa!

  1. Por que vocês querem usar o sêmen de outro homem?
    Essa escolha ultrapassa as fronteiras do relacionamento de vocês e colocam seu relacionamento em risco de separação, já que a criança será filha apenas de uma parte do casal.
  2. Se você, referindo-me ao marido: Não pode ter filhos.
    Vocês estão diante de um dilema importante: Vocês não podem ter filhos como desejavam e estão prestes a mudar esse destino.

Você, minha querida, não está aceitando seu marido como ele é verdadeiramente. E, para realizar seu desejo pessoal: não quer traí-lo, então busca a inseminação artificial com sêmen de estranho para realizar seu desejo particular.

Ele pode concordar, para agradá-la; ele pode – também – sofrer com essa impotência. Então vem a pergunta: “Ele quer ter filhos de outro homem?” “Ele espera a sua compreensão?”

  1. Vamos mudar o posicionamento agora: Você não pode gerar filhos.
    Você gostaria que seu marido engravidasse outra mulher, ela parisse e lhe desse a criança?

Você se sentiria confortável com uma barriga de aluguel?

São perguntas importantes e que precisam ser respondidas com verdade, com objetividade, antes da tomada de decisão.

Reflitam juntos sobre isso: Manter a parceria afetiva e familiar de vocês implica em ambos se aceitarem e respeitarem reciprocamente no que excede e no que limita.

Outro ponto muito importante a ser considerado refere-se à clínica onde será realizada a inseminação, porque a mídia tem exposto diversos casos de fraude nos processos e no banco de sêmen.

Vide o caso do renomado e elitista dr. Roger Abdelmassih, inclusive retratado em documentário da Globoplay, clique e assista   expondo os diversos casos de assédio às clientes que o procuraram.

Cabe salientar, o número de casamentos desfeitos, após a constatação da paternidade do referido médico; o sofrimento das mulheres assediadas, abusadas, violentadas; e – por fim – não menos importante e dolorosa – a dor das pessoas, fruto dessas inseminações, que – após o escândalo – ficaram cientes de sua origem e das condições com que foram concebidas.

E você está pensando em fazer Inseminação Artificial? Conhece alguém?
Compartilhe este artigo para reflitam.

 

Faça a sua vida valer a pena e mantenha seu relacionamento saudável.

Vamos Mariar. 🦋

Um abraço fraterno de Maria para Maria. 🌻

 

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AutoCuidado Emocional – Estabelecer Limites 

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As Meninas de Lygia Fagundes Telles

“Ser ou estar.

Não, não é ser ou não ser, essa já existe, não confundir com a minha que acabei de inventar agora. Originalíssima.

Se eu sou, não estou, porque para que eu seja é preciso que eu não esteja.

Mas não esteja onde?

Muito boa a pergunta, não esteja onde.

Fora de mim, é lógico.

Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que não esteja em outro lugar senão em mim.

Não me desintegro na natureza, porque ela me toma e me devolve na íntegra: não há competição mas identificação dos elementos.

Apenas isso.

Na cidade me desintegro, porque na cidade eu não sou, eu estou: estou competindo e como dentro das regras do jogo (milhares de regras) preciso competir bem, tenho consequentemente de estar bem para competir o melhor possível.

Para competir o melhor possível acabo sacrificando o ser (próprio ou alheio, o que vem a dar no mesmo).

Ora, se sacrifico o ser para apenas estar, acabo me desintegrando (essencial e essência) até a pulverização total.” (TELLES, 1979, p. 182s).

Estava no 2º grau, hoje conhecido como ensino médio. Participei de um Concurso de Poesias e meu Mestre, Prof. Manuel Cardoso, o professor de língua portuguesa que me despertou para o estudo da poética, da lingüística, da semiótica. Tanto que fiz Letras na PUC, inspirada nele.
Um homem nordestino, baixinho, sempre elegante e perfumado, com um sorriso sempre pronto a elogiar e motivar seus alunos e a seriedade fraterna para nos corrigir, orientar para que pudéssemos acertar.

Bons tempos com lembranças doces!

Eu ganhei o concurso de poesias e ele me presenteou com este livro: As Meninas cujo trecho expus acima.

Um romance de Lygia Fagundes Telles, escrito em 1973 e premiado com o Prêmio Jabuti, em 1974.

Ele me disse:

“Melcina, querida bambina, leia este livro com atenção e
guarde-o sempre perto de você,
porque você – um dia – vai entender em profundidade o que nossa escritora fala sem dizer.

Eu fiz e faço isso. E, de tempos em tempos, é o livro revisito em leituras e aprendo novas lições.

Essa obra é ousada, o 3º romance de Lygia, escrito em plena ditadura militar no Brasil:

  • Discute e relata explicitamente a barbaridade dos porões da ditadura enquanto esta ainda estava em vigor no país;
  • Reproduz corajosamente, e pela primeira vez na ficção do Brasil, um depoimento de tortura de um preso político.

Por espanto, esse livro escapou da CENSURA, porque como a própria autora diz no documentário: “Lygia uma escritora brasileira” – produzido em 2017 pela TV Cultura. Clique para assistir.

São pouco mais de 300 páginas, de acompanhamento da jornada de 3 Mulheres-Marias, universitárias… A narrativa acontece em 1969, as três vivem no Pensionato Nossa Senhora de Fátima e dividem o mesmo quarto, cenário perfeito para terem seus destinos cruzados e tornarem-se melhores amigas e confidentes.

Como é um pensionato de universitárias… há o espectro do terror da ditadura militar brasileira rondando o local e sempre à espreita.

Daí à infiltração de maneira irreversível e direta nesse espaço e na vida de suas habitantes é uma questão de tempo.

Mas, quem são essAs Meninas?

  1. Lorena Vaz Leme: estudante de Direito.
    Comportamento guiado – sobretudo – pelo ideal romântico de feminilidade;
  1. Lia de Melo Schultz: estudante de Ciências Sociais.
    Subversiva militante de esquerda;
  1. Ana Clara Conceição: estudante de psicologia.
    Absolutamente linda. Vive assombrada pelo traumas de abusos sexuais do passado e pelo presente dominado pelo uso de drogas.

É uma narrativa fluida, alternando as vozes das protagonistas, bem do jeito nosso de mulher conversar!

Do nosso feminino de descrever de modo íntimo os contratempos rotineiros e inesperados na vida das jovens, que vão de Meninas a Mulheres.

Questionando os tradicionais estereótipos que recaem sobre o sexo feminino. Somos levadas para dentro, aprofundando na complexidade e nas contradições naturais dessas personagens, dessas meninas, Mulheres-Marias, como se elas fossem pessoas reais, com vícios e virtudes.

Querida leitora, eu sempre me pergunto:

Será que não são reais?
Será que não vive em cada uma de nós, um pouco delas?

Essa é a grande dificuldade de acompanhá-las intimamente, assim como nos despedir de suas histórias.

O final deste buildungsroman  é emblemático, na medida em que demonstra que as protagonistas deixaram de ser meninas para tornarem-se Mulheres com algo a mais.
Exceto exemplares, porque une em um só quadro luzes e sombras que selam sua formação.

Faço referência ao quadro homônimo de Diego Velázquez intitulado As Meninas. Clique e saiba mais. 

Acontece que tanto as Meninas Velázquianas como as Meninas Lygianas apresentam a complexidade entre realidade e ilusão.

Sincronicidade que se faz presente, porque este  livro é minha indicação de leitura para este mês de Abril. Busque-o em bibliotecas, Sebos, ou clique para comprar novinho!

Um livro escrito por mulher que fala sobre mulheres: seus conflitos, sonhos e identidade feminina que o tempo não acaba.

Pois bem, ontem, aos 98 anos, a Imortal Lygia Fagundes Telles tornou-se encantada. Adentrou o Reino do Encantamento e permanecerá VIVA em suas obras.

Recebi esta notícia com a certeza de que ela, Lygia, Mulher-Maria, cumpriu com sua missão no planeta Terra. Deixa seu LEGADO de reflexões, questionamentos e sensibilidade para todos os seus leitores.

 

Você já leu As Meninas?

Se sim, comente o que mais fez sentido para você.

Se não leu, fica a dica: leia.

 

Faça a sua vida valer a pena, doce Menina-Mulher-Maria.

Vamos Mariar. 💫

Um abraço fraterno de Maria para Maria.🌻

 

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Envelhecer: uma Atitude de Elegância e Inteligência

envelhecer

Fonte: uol e instagram

Hoje, li uma entrevista no G1 e na Uol da atriz Andrea Beltrão sobre o Envelhecer.

Atualmente, nos brindando com Maestria, na novela Um Lugar ao Sol, sua Rebeca expôs as dores de envelhecer.
Clique e leia a entrevista.

Aquele momento que toda mulher conhece muito bem, porque já viveu isso, quando saiu da infância para a Adolescência.

Dando início à nossa fase reprodutiva de plenitude do Feminino.

Na outra ponta do novelo, existe o momento do corpo descansar de ovulações sequenciais, damos adeus à fase reprodutiva, estamos em Plena Menopausa.

Sim, como na adolescência, a menopausa é enlouquecedora, por causa da dança hormonal.

Eu lhe pergunto: Para não envelhecer, ou seja adoecer, é melhor morrer jovem?

Velho é sentimento.
Dói saber que será sinônimo de doença.
Eu conheço muitos jovens, velhos.

No nosso ciclo da vida, começamos a envelhecer a partir dos 30, um fenômeno natural conhecido como imunossenescência, segundo a gerociência que estuda os mecanismos celulares e genéticos relacionados ao envelhecimento e à saúde.

Velhice não é doença, é processo.

De acordo com um estudo realizado pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, temos – ainda – três idades nas quais o envelhecimento se torna mais acentuado, por isso a Gerociência tem dedicado esforços no aperfeiçoamento dos conhecimentos sobre os biomarcadores, que são indicadores da presença de doenças.

Dessa forma, através de exames, entre eles o de sangue, será possível além de antecipar diagnósticos e aperfeiçoar tratamentos, prever como será o envelhecimento de cada um.

Idoso: anos vividos.
Idoso é merecimento.
Ser idoso é conquista.
Eu conheço muitos idosos, jovens.

Pessoas que mantêm a capacidade de sonhar, de construir planos e realizar projetos.
Cuidam da saúde como lapidam uma pedra preciosa, não é obrigação, é um investimento.

Quanto mais investe – ao longo da vida – em uma alimentação equilibrada e saudável, na prática regular de exercícios, no sono, nos hábitos da leitura e dos hobbies, no bem-estar mental, maior será a probabilidade de VIVER uma velhice de qualidade.

A doença está na mente dos homens que consideram a velhice como doença.

É fato que tudo na mulher, com o advento da menopausa tem de ser ressignificado: sua beleza, sua estética, sua alimentação, sua reposição hormonal ou não, seus cosméticos e cuidados.

Seu poder de atração sexual sai da genitália [vista como reprodução da espécie] e passa para a troca de prazer, vivências e descobertas sexuais.

Velhice não é doença e ponto final.

Você sabia que…

A classificação velho, no Brasil é a partir do 60 anos, enquanto que na Itália considera-se 75 anos como padrão. Isso não significa doença.

Diz o Estatuto do Idoso, no artigo 8:

”Envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social.”

Minha mãe Alcina, que faleceu aos 92 anos, lúcida, divertida, animada, dizia:
“Velho é trapo. Sou apenas uma mulher vivida, experiente.”

Bem, eu estou na fase dos 50+ trabalhando como sempre trabalhei, produzindo como sempre produzi e descobrindo NOVOS SABORES nesta fase da vida.

Envelhecer é ATITUDE de elegância, porque elegância é estilo de vida, é respeito com você, seu corpo.
Envelhecer é ATITUDE de inteligência, porque a inteligência emocional coloca você no seu momento de vida, entendendo todos os processos e usufruindo dos: sabores, saberes, amores, dores que se apresentando para todo ser vivente.


Celebremos a vida hoje e todos os dias!

Viva a possibilidade de viver muitos anos com saúde.
Viva a conquista de realizar sonhos há mais tempo e por mais tempo.

Reflita e responda nos comentários:
Como você está entendendo os desafios da SUA IDADE ATUAL?

 

Faça a sua vida valer a pena e viva até a velhice feliz.

Vamos Mariar. 💫

Um abraço fraterno de Maria para Maria. 🌻