Será que você sabe?
Se sabe como resolver?
Na minha vivência como Mentora, percebo que a muitas mulheres adultas com dificuldades em seus relacionamentos afetivos, possuem características de rigidez.
Podem até iniciar relacionamentos, mas – geralmente – são relacionamentos de curta duração ou de duração doentia.
Poxa, essa realidade é muito dolorosa, porque todo ser humano é um ser social, necessita do convívio, para seu desenvolvimento emocional, intelectual, profissional, espiritual.
Inclusive na construção de um relacionamento afetivo saudável.
É muito triste estarmos enamoradas, fazermos o nosso melhor e contemplarmos nosso relacionamento acabar de repente, essa situação afeta nossa autoestima, enfraquecendo nossa alta performance em todos os setores.
Eu me lembro de meus relacionamentos também… uns eram lindos, deliciosos, outros nem tanto…
Faz parte da vida.
Assim como escuto, há 30 anos, minhas Marias [mentoradas] relatarem situações semelhantes e, muitos relacionamentos, de repente terminam com o Gran Finale:
“Você é muito legal, inteligente, carinhosa, mas não vai dar, paro por aqui.”
Ué!!! Se você é tão boa por que terminar?
Onde está o problema?
Como diz Leoni:
“Por que não eu? Hãhã
Por que não eu?”
Sempre existem motivos dos dois lados, principalmente quando as expectativas não são satisfeitas.
Um não quer continuar, porque não está feliz, completo.
Outro não aceita ser largado, por ser dependente.
Numa postura reativa, esta música do Chico Buarque cabe aqui:
“Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei
Eu te estranhei, me debrucei
Sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Até provar que ainda sou tua
Quando a mulher não aceita o desejo do outro, ela começa uma caminhada perigosa.
Porque, cá entre nós, Mulher-Maria, esse relacionamento torna-se tóxico e alimentá-lo é trazer sofrimento. Na verdade, isso é mazoquismo.
Você sabe o que é Mazoquismo?
Segundo o dicionário – é a atitude de uma pessoa que retira prazer ou parece gostar do seu sofrimento ou humilhação.
Então, se você está num relacionamento onde sofre com humilhação emocional e/ou qualquer tipo de abuso/violência e permanece…
Minha querida Maria, você está gastando vela com mau defunto!
Porque essa pessoa não vai mudar o comportamento, já que você aceita ser a vítima desse jogo.
Você aceita migalhas, por medo de perdê-lo, você vai perdendo a sua própria identidade.
Na mesma medida, você está atrapalhando sua vida!
E, não venha com desculpinhas de filhos, família e afins.
Se você não tiver ao seu lado uma pessoa que esteja compartilhando e agregando valor…
Você precisa tomar uma atitude urgente em relação a esta pessoa:
empreste, recicle, devolva,
venda, alugue, doe,
rife, despache ao remetente.
Marie-se: Abra espaço em sua história para o AUTOAMOR, ser feliz e construir um AMOR real.
Você pode me dizer: “Ah, Mel, nem todos os meus relacionamentos foram assim!”
Acredito, pois existem os relacionamentos, alicerçados apenas na paixão ou em outros fatores inconsistentes com o passar do tempo.
Quando acabam são livramento, pois já nascem pelos motivos equivocados.
Existem – também – “aqueles” que deixaram saudade e o gosto amargo do:
“Onde foi que eu errei!”
Nossa! Letra da música A fórmula do Amor, do Leo Jaime e Leoni. Kkk!
Eu tenho o gesto exato, sei como devo andar
Aprendi nos filmes pra um dia usar
Um certo ar cruel de quem sabe o que quer
Tenho tudo planejado pra te impressionar
Luz de fim de tarde, meu rosto em contra-luz
Não posso compreender, não faz nenhum efeito
A minha aparição será que errei na mão
As coisas são mais fáceis na televisão
Mantenho o passo alguém me vê
Nada acontece, não sei porquê
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei
Ainda encontro a fórmula do amor
Ainda encontro a fórmula do amor
Eu tenho a pose exata pra me fotografar
Aprendi nos livros pra um dia usar
Um certo ar cruel, de quem sabe o que quer
Tenho tudo ensaiado pra te conquistar
Eu tenho um bom papo e sei até dançar
Não posso compreender, não faz nenhum efeito
A minha aparição será que errei na mão
As coisas são mais fáceis na televisão
Eu jogo um charme, alguém me vê
Nada acontece, não sei porquê
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei
Ainda encontro a fórmula do amor
Sinto dizer: Não existe a fórmula do Amor.
Chorar por dias e noites eternas.
Sentir-se uma ilha de infelicidade.
Acreditar que relacionamento, união, casamento não são para você.
Passar pela fase de luto…
Voltar à pista!
Agora, querida Mulher-Maria, voltar às pistas e não repetir a história, envolve reflexão, aprendizado com os erros e com os acertos.
Relacionamento são duas pessoas em melhoria contínua, parece clichê, mas não é: são duas pessoas olhando para a mesma direção.
Essa consciência nos eleva para o próximo nível, quando assumimos a responsabilidade por nossos atos e aceitamos:
Tudo o que envolve a minha pessoa é sobre mim, toda a mudança é minha responsabilidade.
Já, a vida do outro… É do outro, logo é problema do outro. Não nos cabe resolver, forçar mudança, nem assumir responsabilidades.
Eis o grande ponto de RIGIDEZ que envolve muita dor e culminam no término de diversos relacionamentos.
Acreditar que temos de mudar o outro; que estamos certas e o outro tem de mudar, tem de se adequar às suas demandas.
Não, não tem.
Sim, eu sei. É difícil aceitar esse fato, já pensei como você.
A nossa vida é de aprendizado constante com nossos erros e acertos.
Devemos focar nossa atenção e trabalho em nós mesmas, porque nós somos as PROTAGONISTAS da NOSSA HISTÓRIA.
A história do outro é do outro e o jeito dele é o jeito certo para ele, devemos respeitar.
E aceitar que – muitas vezes – esse jeito não é SAUDÁVEL para nossa vida. E, tudo bem.
Devemos respeitar.
Outro ponto importante, uma Mulher-Maria, bem-sucedida profissionalmente, intelectualmente, financeiramente, sente-se – com frequência – DONA da sua história.
E, muitas mulheres, querem construir relacionamentos onde elas ocupem a posição que – até o século passado – era ocupada pelos homens: dar as ordens, conduzir a vontade do outro, focar apenas no “sobre mim”.
Se você conhece alguma mulher, nessa vibe, avise-a de que é: FURADA!!!!
Para não dizer burrice, errar no mesmo lugar de séculos de erros.
Outro dia, ouvi que os erros são os mesmos, o que muda são as pessoas. Hora de sair desse ciclo doentio e rígido.
Querida Mulher-Maria, essa postura rígida, vai deixá-la sozinha e só.
Porque você sempre vai buscar alguém perfeito, completo e que – preferencialmente- não questione suas posições e gostos, ou seja, alguém que se submeta aos seus desejos.
Lamento dizer-lhe que nesse jogo do “quem manda sou eu”: quem acredita que manda, sempre perde.
Você fica sozinha por falta, carência de tudo, não por opção.
Não adianta reclamar, ou ficar insistindo em relações fúteis, inúteis, estéreis e tóxicas.
Ficar de blá-bla-blá:
“Tenho gênio forte!”
“Não tenho necessidade, nem paciência!”
“Não me submeto a ordens.”
Como já mencionei, somos seres sociais, nos relacionamos para crescermos juntos, isso não implica em carências e subserviência, envolve partilha.
Para vencer essa rigidez, sempre oriento minhas mentoradas sobre a importância do autoconhecimento, para OUSAR e usar ESTRATÉGIAS que viabilizem mudança.
E a ousadia estratégica é: o desenvolvimento da flexibilidade, pensar nas diversas maneiras de mostrar quem você é com proatividade, sem impor a sua vontade.
Nem aceitar as imposições alheias.
Adote o caminho do meio: Negociar as divergências.
Para tanto, é imprescindível mudar o padrão do pensamento, o seu Mindset.
Desse modo, você altera sua maneira de sentir e de agir, construindo uma história na qual, você pode:
- se relacionar proativamente com respeito recíproco às identidades de cada um e do casal.
Todos os dias são dias de descobertas, aprendizados e conquistas individuais, a dois e no sistema familiar, quando os filhos vêm para completar; - construir uma vida solo, sem solidão, sem lamentos, apenas com a convicção de que foi sua melhor opção.
Se você conhece alguém que esteja na rigidez, compartilhe este artigo.
Vamos Mariar! 🦋